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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em 1,5 ponto percentual na tentativa de conter a inflação. Com a mudança, divulgada no começo da noite desta quarta-feira (2), a taxa básica de juros chega a 10,75%.
Esta é a oitava vez que o BC aumenta a Selic desde março de 2021. Este aumento da taxa influencia no consumo da população e investimentos – de maneira negativa.
“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que a incerteza em relação ao arcabouço fiscal segue mantendo elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação e, portanto, a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário de referência”, divulgaram em nota publicada às 18h40.
Ainda segundo a publicação do BC, “em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”.
No ano passado, o Brasil terminou com infação de dois dígitos: 10,06%, puxada, por exemplo, pelo preço da gasolina.
Para o Copom, “a inflação ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como principalmente nos itens associados à inflação subjacente. As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”.
A previsão para 2022, segundo boletim Focus, é de uma inflação de 5,4% (avaliação feita neste momento).