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Não era amor, era cilada

Enrascadas em relacionamentos podem gerar diversos prejuízos emocionais, e é preciso ter certa malícia para não cair em furadas

Em 1996, a banda de pagode Molejo fez sucesso em todo o país com uma música sobre a infelicidade de um rapaz que acreditava ser a paixão de uma mulher, que o convidou para conhecer seu apartamento. Ela, na verdade, “com seu jeitinho sedutor”, só queria que ele fizesse serviço de bombeiro, pedreiro e encanador. “Inocente, apaixonado/ Eu tava crente, crente/ Que ia viver uma história de amor/ Que cilada, desilusão/ Ela me machucou, ela abusou do meu coração”, diz a letra de “Cilada”, hit do Molejão.

Ciladas, enrascadas, armadilhas… Quando o assunto é relacionamento, todo mundo tem uma história assim para contar. Como prega o ditado da internet: quem nunca? Não estamos nem falando de casos extremos que envolvem a polícia, como em “O Golpista do Tinder”, documentário que narra o impressionante caso do homem que se passava por um magnata do ramo de diamantes, levava uma vida luxuosa e seduzia mulheres nas redes sociais com uma identidade falsa. Ele dava golpes milionários nas vítimas, que descobriram a encenação e buscaram justiça.

Longe das telas do cinema e das investigações policiais, a jornalista mineira Tati Barros, 33, entrou numa cilada engraçada e internacional. Aliás, ela diz que já se viu em tantas furadas que teve de consultar uma amiga para saber qual era a melhor. “Esse assunto é meu lugar de fala”, brinca. Em 2014, quando foi para Florença fazer um curso de um mês, ela queria de todo jeito viver uma paixão na Itália. Idealizou até o “ragazzo” com quem teria o romance. Na terceira noite, ela saiu caminhando pela cidade para jantar.

“Conheci um cara, ele trabalhava como garçom de um restaurante e estava na porta recebendo as pessoas. Falei que era brasileira, e ele falou da coincidência, já que no dia anterior ele tinha comprado passagens para visitar uns amigos em Niterói, no Rio”, conta Tati.

A conversa rendeu, e, no dia seguinte, eles saíram. Tati estava animada para conhecer seu belo italiano. “Fomos para um bar, ficamos”, ela lembra. A história começou a ganhar ares tragicômicos quando a jornalista ali mesmo, na mesa, adicionou o rapaz no Instagram. A rede social do moço estava repleta de fotos com uma garota e declarações de amor. E de onde era a moça? De Niterói. “Era a namoradinha dele, mas ele insistiu que não tinham nada, que não era nada sério. Até a mesma tatuagem eles tinham! Uma flor-de-lis, que é o símbolo de Florença”, diz a mineira.

Não engatou

Claro que o romance não foi pra frente, e Tati voltou para o Brasil lembrando-se daquilo que não foi. Em 2017, durante um passeio com a família por Viña del Mar, no Chile, ela se sentou na beirada de uma mesa, onde outras pessoas da excursão também se acomodaram para comer. Quem estava sentada bem na frente de Tati? “Vi a tatuagem e, quando olhei para ela direito, não tive dúvidas. Ela falou que namorou mesmo o italiano, mas terminou quando descobriu as traições”.

De tanto viver esse tipo de história, Tati Barros criou, em agosto do ano passado, o podcast Solteira Profissional para falar dos vários temas que fazem parte da vida de pessoas que não estão vivendo um relacionamento. Todas as terças-feiras há um novo episódio. Em um deles, a jornalista provocou as seguidoras – o podcast tem audiência majoritariamente feminina – a contar suas experiências desagradáveis. “Todo mundo já teve um ‘date’ ou uma história ruim, né? Recebi muitas mensagens”, ela pontua.

O próximo episódio do Solteira Profissional vai falar sobre como identificar que o homem é uma cilada: “Tem os casos clássicos: aqueles que perdem o interesse quando a mulher se interessa de verdade, o cara que nunca te leva para lugares públicos e não faz questão de te apresentar para os amigos; tem o boy que só fala dele mesmo e nunca quer saber de você e o que só te procura de madrugada”.

Indentificando pegadinhas

Psicóloga e terapeuta de casais, Lidiane Araújo reconhece que não é fácil identificar logo de cara se o relacionamento é uma “pegadinha”. Ela recomenda cautela antes de mergulhar de cabeça e apostar todas as fichas em uma pessoa. Segundo a especialista, é preciso estar bem resolvido com questões internas, carências e expectativas para não escorregar em nenhuma armadilha. Idealizar um romance perfeito pode trazer prejuízos emocionais.

“Muitas vezes as pessoas buscam preencher os espaços de carência afetiva que existem, e isso vai ser ruim. Muitas vezes, há o filtro da paixão, e só enxergamos no outro aquilo que queremos, o que nos convém, não de fato quem e como ele é”, observa.

O psicólogo Leonardo Almeida alerta que, sobretudo nas primeiras conversas iniciadas por aplicativos de relacionamentos, é fundamental ter certas malícias e não ser ingênuo ou inocente. Almeida afirma que descobrir traições e mentiras pode fazer com que a vítima se feche para outros amores e passe a generalizar os relacionamentos.

Diante de alguma infelicidade, é importante manter a integridade emocional: “Psicoterapia é importante nesse sentido, para poder ter mais consciência dos sentimentos. A pessoa precisa olhar para si própria, precisa se conhecer melhor”.

Para Lidiane Araújo, deve-se encarar as frustrações e tirar aprendizados das ciladas amorosas. “O primeiro passo é buscar algum tipo de processo de autoconhecimento, não necessariamente a psicologia. Sofrer e se fechar para futuras histórias por conta de alguma frustração é não olhar para a vida e suas possibilidades”, conclui a psicóloga e terapeuta de casais.

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