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Em meio ao aumento de números de pessoas internadas por causa da Covid-19 em todo Brasil, portaria do Ministério da Saúde liberou apenas R$ 1,5 mil para 182 municípios utilizarem no combate à Covid-19. A publicação saiu no último dia 1º.
De acordo com os dados, 27 cidades do Ceará receberão o pequeno valor, seguidas de 25 cidades pernambucanas. No terceiro lugar está São Paulo com 18 cidades “contempladas” com apenas R$ 1,5 mil (veja abaixo os números de cidades por Estado).
Este valor, por exemplo, não daria para comprar um respirador – aparelho utilizado em casos graves de pessoas infectadas pela Covid-19. No começo da pandemia no Brasil, em 2020, o respirador mais barato girava em torno de R$ 50 mil.
Nesta portaria, o governo cita que a liberação total será de R$ 105,4 milhões. Para os governos municipais que receberão R$ 1,5 mil, os valores são irrisórios.
Com 7.024 moradores, segundo estimativa do IBGE, Santo Antônio da Alegria, no interior de São Paulo, é uma das 182 cidades que receberão a pequena verba por meio desta portaria do Ministério da Saúde.
Ricardo Sobrinho (PSD), prefeito da cidade, disse que não se faz nada com a verba, mas os repasses anteriores foram maiores.
“Olha, R$ 1,5 mil não é nada. Realmente não é nada. Mas nos exercícios de 2020 e 2021 vieram recursos suficientes. Neste aspecto não podemos reclamar. E no final de 2021 recebemos aporte para manter o Centro Covid. Os recursos até aqui foram suficientes para manter o Centro Covid, pagar os médicos, abastecer a farmácia, testes em estoque, remédios em estoque. Hoje, não posso reclamar. Pelos R$ 1,5 mil, sim, é irrisório. Mas pelos recursos que vieram tivemos condições de fazer estoque”, disse.
O prefeito, no entanto, demonstra preocupação com o futuro. Isso porque a cidade enfrenta, como em todo Brasil, alta procura de exames para Covid. “Número de casos cresceu muito. Entretanto, hoje temos uma pessoa internada”, afirmou.
De acordo com a portaria do Ministério da Saúde, os valores repassados foram definidos com base em dados sobre a Covid-19 dos meses de outubro e novembro, quando o surto causado pela variante Ômicron ainda não refletia no sistema de saúde.
“Para o cálculo da distribuição do recurso financeiro, foi considerada a quantidade total de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), segundo gestão nos processamentos do Sistema de Informação Hospitalar – SIH/SUS, dos meses de outubro e novembro de 2021”, cita a pasta na publicação.
De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, R$ 524 bilhões foram utilizados em 2020 no combate à Covid-19 (43% foram transferências para cidadãos por meio de Auxílio Emergencial).
Já em 2021, segundo os dados, o governo liberou R$ 102,5 bilhões. Mais uma vez, a maior fatia foi para o Auxílio Emergencial, 53%.